sábado, 24 de outubro de 2009

Dicas para um Bom Relacionamento com Pessoas Cegas e Pessoas com Baixa Visão*

-Informe verbalmente a direção do trajeto usando expressões como: em frente, à direita, à esquerda, etc, sem usar palavras como: aqui, lá, ali.
- Ajude a pessoa cega a formar a imagem mental do local onde se encontra, seja num recinto fechado ou na rua.
- Evite deixar objetos no caminho por onde uma pessoa cega costuma transitar. Caso necessário avise-a.
- Em caso de degraus, informe-a se é para subir ou descer.
- Mostre o corrimão de uma escada comum, rolante ou de ônibus. Ela subirá e descerá sozinha, sem ser empurrada.
- Para orientá-la na rua, indique como ponto de referência a parede.
- Conserve as portas fechadas ou bem abertas, evitando deixá-las semi-abertas.
- Deixe que ela segure seu braço, não a empurre, pelo movimento de seu corpo ela sentirá o que fazer.
- Evite comportamentos inadequados e atitudes antiestéticas sob o pretexto de que o cego não as percebe. A falta de visão e de qualquer outro sentido não dispensa ninguém da reverência e da consideração amistosa. As atitudes humanas criam no ambiente uma atmosfera correspondente ao caráter moral do conteúdo da ação.
- Em cumprimentos, identifique-se. Brincar de: “Quem sou eu?” causa constrangimento.- Fale diretamente aquilo que deseja dizer à pessoa cega, sem usar interlocutores.
- Ao se afastar, avise-a, para que não fique falando sozinha.
- Quando for orientá-la a sentar, coloque sua mão sobre o braço ou encosto da cadeira. Ela é capaz de acomodar-se por si.
- Em encontros sociais, apresente a pessoa cega aos circunstantes mais próximos para que não fique isolada do convívio.
- Se puder ajudar em travessias de ruas ou em ambientes amplos, ofereça-lhe o braço e não a deixe no meio do percurso.
As dicas acima apresentadas servem apenas de parâmetros de relacionamento entre pessoas cegas e de visão normal, pois é impossível nomear todas as situações que podem ocorrer no convívio social. Assim agindo, estaremos promovendo o direito à cidadania das pessoas com deficiência.
* Marli Bion, Professora, Especializada em Educação de Deficientes Visuais /FADERS, em exercício na Biblioteca Pública do Estado/SEDAC,Coordenadora do Setor Braille

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